Instituição dedicada à preservação de referências das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano (1889 à atualidade) por meio da musealização de parte do edifício que foi sede, durante o período de 1940 a 1983, do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP, uma das polícias políticas mais truculentas do país, principalmente durante o regime militar.
O Memorial da Resistência é vinculado à Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Neste espaço, duas informações estão articuladas: de um lado, há uma cronologia de ocupação do edifício desde a sua construção à atualidade e, de outro, um vídeo que apresenta a história e estrutura do Deops/SP em tópicos que evidenciam suas diversas ramificações com instâncias do poder para o controle e repressão dos cidadãos.
As noções, as estratégias e os fatos relativos ao controle, repressão e resistência configuram a abordagem desta sala e contextualizam este espaço prisional no âmbito do Brasil republicano, apresentados por meio de um equipamento multimídia e por uma cronologia, dentre outros recursos.
O conjunto prisional é composto por quatro celas, um corredor principal e um corredor para banho de sol. Em cada um dos espaços, painéis e outros suportes audiovisuais apresentam desde o processo de implantação do Memorial da Resistência aos testemunhos sobre o cotidiano na prisão.
foto da foto antes da restauração |
"A vinda ao corredor era uma vez por semana, por uma hora, uma cela de cada vez. Mas nem todos vieram."
Nesse espaço, que é bem pequeno, os presos tomavam banho de sol e na parte superior acima das grades havia uma guarita, com um policial armado
Esta sala é uma homenagem a todos aqueles que lutaram e lutam imbuídos do ideal de justiça e democracia
Porta da cela restaurada e foto da foto antes da restauração
detalhe do ferrolho |
Cela reconstituída
Nesta pequena cela, de 15 a 18 presos dividiam espaço
Inscrições reconstituídas por ex-presos, parentes e amigos dos que lá estiveram
Celebração da Solidariedade - é uma referência à missa celebrada por padres dominicanos quando estiveram presos no Deops/SP, em 1969, por apoiarem o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional - ALN, na luta contra a ditadura militar
As máscaras desta sala e da cela 2 são resultantes da performance "436" concebida pelo artista Alexandre D'Angeli. São 436 máscaras, respresentando um morto (etiqueta vedrmelha) ou desaparecido político (etiqueta azul) do Brasil
Este móvel pertenceu ao Deops/SP e contem reproduções de fichas remissivas por eles utilizadas e está disponível à consulta. As fichas originais e os documentos a que se referem podem ser consultados no Arquivo Público do Estado de São Paulo - APESP/SP
A exposição é composta por 14 pares de fotos retratando 12 famílias de vítimas da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) e 2 famílias da ditadura argentina (1976-1983). A mostra conta também com um vídeo, que apresenta o processo de recriação das fotografias.
A mostra permanecerá exposta até 12 de julho de 2015. de terça a domingo das 10h ás 18h com entrada até às 17h30
Largo General Osório, 66 - São Paulo, SP
Tel: (11) 3335-4990
Terça a domingo, das 10h às 18h
Entrada Gratuita
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