É o nome dado a um centro histórico localizado ao Sul do município de Carapicuíba, situado no bairro de mesmo nome.
Sua fundação é considerada oficial em 12 de Outubro de 1580.
Aldeia é um largo marcado pela igreja, presença principal da paisagem urbana. O espaço entre a fachada da igreja e a cruz do adro era considerado sagrado, segundo os jesuítas locais, porque ali o demônio não tinha o poder de se fazer presente.
Numa das casas ao lado da igreja está a casa da cultura onde se vê o acervo das imagens e objetos indígenas; esculturas que contam a história pelo seu estilo e arte.
A igreja da Aldeia de Carapicuíba, segundo historiadores foi construída em 1736 e tinha como orago São João Batista.
Atualmente o orago é Santa Catarina de Alexandria onde os devotos e a comunidade local conhecem desde crianças.
Nela existe um único altar-mór do estilo jesuíta muito simples e interessante. O sacrário é de madeira e a porta é muito simples.
Os sinos, na parte superior do coro, marcam com seu canto acontecimentos importantes. Bem em frente à porta da igrejinha, se vê a cruz, colocada sobre um alto pedestal de tijolos. Essa visão lembra folclore, religião, família, intenção, missionária da aldeia. Os padres vê de outros locais para as missas na capela.
Tombada em 1941, hoje é patrimônio nacional, tida então como único exemplo de antiga aldeia de jesuítas, servindo como memória ao resgate de um capítulo de nossa história indígena, jesuítica, bandeirista, raiz missionária da religião e do folclore nela caracterizada, marca da conquista e da perseverança de um povo.
Carapicuíba é tesouro, herança de família e que guarda para nós um pouco da memória, um pouco da cultura popular num pedacinho de chão, é nossa consciência de preservação das raízes que a vida conta como história do Brasil. (pt.wikipedia.org)
O cenário é realmente calmo e aconchegante. A aldeia se desenvolveu em torno de uma praça retangular, com casas geminadas, em taipa de mão. São 20 casinhas antigas pintadas de azul e branco, que remetem seu visitante ao passado.
A aldeia de Carapicuíba que remonta a história da cidade teve suas origens nas províncias oficiais, tomadas pelo capitão-mor Jerônimo Leitão, governador da Capitania no período de 1572 a 1592, que oficializou em 12 de outubro de 1580 a doação de terras para a fundação de um povoado.
Na verdade, o lugar era uma fazenda com vasta escravaria indígena trazida do sertão pelo seu dono Afonso Sardinha, e após sua morte, passou a ser herança para a Companhia de Jesus, juntamente com os índios administrados e alguns escravos.
Naquela época, a população indígena que ali habitava eram os Carijós, vindos do sertão de Patos, os Guaianás, trazidos dos campos de Piratininga, os Tamoios, trazidos pelos jesuítas do litoral e outras tribos aprisionadas nas entradas e guerrilhas no sertão à dentro.
Dentre as 12 aldeias fundadas pelos jesuítas nesse período ao redor de Piratininga, a aldeia de Carapicuíba é a única que sobreviveu à modernização e urbanização, pois ficava distante dos principais acessos, e graças a essas dificuldades é que podemos hoje apreciar e estudar esse conjunto arquitetônico que remonta os primórdios da colonização brasileira, principalmente a de São Paulo, podendo assim, ter contato com uma técnica ensinada pelos jesuítas aos índios aldeados, que é a taipa de mão, mais conhecida como pau à pique.
É na Aldeia Jesuítica de Carapicuíba que se apresenta em maio, uma das mais antigas manifestações folclóricas herdadas do período de catequese pelos jesuítas – A Festa da Santa Cruz e Santa Cruzinha. A festa acontece há mais de 300 anos, e nasceu do interesse dos Jesuítas na catequização dos indígenas.
Com os anos, houve uma fusão dos elementos católicos, com novenas, cânticos religiosos com os elementos indígenas, com os passos da dança de Santa Cruz, conhecida como Sarabaquê ou Sarabaguê.
A intenção da festa é abençoar todas as casas da Aldeia e começa com um grupo de dança que saí de frente a igreja da Aldeia e segue até as outras casas, terminando na igreja novamente.
Durante a dança há alguns intervalos, onde é servida, aos presentes, a tradicional canja de galinha, além do caracu e do milho.
Quando estiver por perto e quiser conhecer um pouco dessa história, dê uma passadinha na aldeia que fica logo ali, cerca de 22,5 km do Centro de São Paulo pela Rodovia Raposo Tavares.
Atualmente, não existem mais índios nesse local e até mesmo descendentes é difícil precisar se existem por lá, mas mesmo assim o espaço foi aberto para visitação desde fevereiro de 2001, pois lá existe muito da história indígena, da memória de um povo e da história do Brasil. (circuito.sescsp.org.br)
Centro Histórico Aldeia de Carapicuíba
Estrada Taguai, s/n – Carapicuíba/SP
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