Não tem data precisa da construção de suas ruínas. O documento mais antigo encontrado sobre a Capela do Morumbi é de 1825, e situa as ruínas como parte da Fazenda do Morumbi.
Do ponto de vista histórico, são várias as interpretações dadas para as ruínas de taipa de pilão encontradas no terreno da antiga Fazenda do Morumbi. Uns as interpretam como sendo de uma capela consagrada a São Sebastião dos Escravos. Outros afirmavam que seriam de uma capela-sepultura, destinada aos proprietários da fazenda, que teve a obra interrompida. Outros ainda acreditam que tenham sido simplesmente ruínas de um paiol. A ausência de documentação não permite afirmar com segurança qual destas hipóteses é a correta.
Com a expansão da cidade no início do século XX, seus territórios foram aos poucos sendo delineados por tipos de atividades e por grupos sociais, dando origem à formação de bairros operários e de loteamentos da elite. Na década de 1940 a Cia. Imobiliária do Morumby implantou o loteamento das últimas glebas do que seria a antiga Fazenda do Morumbi.
Visando atrair compradores e valorizar o terrenos a Companhia contratou o escritório do arquiteto Gregori Wachavchik para fazer o restauro da casa-sede e a reconstrução das ruínas de taipa de pilão. Interpretando-as como sendo uma antiga capela, Wachavchik completou a edificação de taipa de pilão com alvenaria de tijolos. por indicação do Prof. Pietro Maria Bardi, convidou a pintora Lúcia Suanê, que representou em afresco, nas paredes do batistério, a cena do batismo de Cristo e anjos com fisionomias de índios.
A Capela do Morumbi ficou fechada sob propriedade da Cia. Imobiliária do Morumby, quando em 1975 foi transferida para o Município. A partir de então o imóvel passou à responsabilidade direta do Departamento do Patrimônio Histórico como bem arquitetônico e cultural, sob os cuidados da então recém-criada Secretaria Municipal de Cultura.
Em 1979 o imóvel foi submetido a obras de revitalização e adaptação. Sua nave central foi convertida em sala de espetáculos para a realização de atividades culturais de pequeno porte. Foi aberta à visitação pública em 25 de janeiro de 1980. Durante essa década, a Capela do Morumbi abrigou atividades culturais, tais como: exposições fotográficas, concertos musicais e exposições de artes plásticas. Desde 1991 este espaço é destinado a exposições de arte contemporânea, privilegiando seu uso como espaço para a realização de instalações artísticas. (www.museudacidade.sp.gov.br)
Dicas:
- Av. Morumbi, 5.387 - Morumbi - São Paulo/SP
Tel: (11) 3772-4301
e-mail: museudacidade@prefeitura.sp.gov.br
- aberta de terça a domingo, das 9h às 17h
- entrada franca
- linhas de ônibus consultar: www.sptrans.com.br
- linha de Metrô próxima: Amarela – Butantã
Poente (2013), de Felipe Cohen |
Instalação desenvolvida para a Capela do Morumbi, o autor cobriu uma parte considerável do piso do espaço com vidro, sobre o qual um grande galho segmentado é posicionado simulando um mergulho nesse piso de vidro. (Douglas de Freitas)
Anunciação (2008), Felipe Cohen |
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