Localizada no bairro do Belenzinho é considerada a primeira vila operária do Brasil.
No início do século XX as terras onde hoje é a vila, eram de propriedade do Coronel Fortunato Goulart e em 1912 o empresário Jorge Street adquiriu estas terras para a construção de uma fábrica. Entre 1912 e 1916 foi construída a Companhia Nacional de Tecidos de Juta e ao seu redor, uma vila destinada aos operários. Sob os cuidados do arquiteto Paul Pedraurrieux, a vila tomou forma e com o tempo foi ampliada.
Em 1924 a fábrica e a Vila Maria Zélia mudam de nome e de donos, isto porque o industrial Jorge Street vendeu para a família Scarpa todo o empreendimento, tornando-se agora, Vila Scarpa. Em 1929 o Grupo Guinle toma posse do local como pagamento de dívidas dos Scarpa e os novos proprietários restituem o nome original.
Em 1931 a fábrica é desativada e a vila, que é particular, passa para as mãos do governo federal, através do IAPI (atual INSS). O prédio principal, que era a fábrica, torna-se presídio no Estado Novo e ali são aprisionados personalidades como Paulo Emílio Sales Gomes e Caio Prado Júnior e com isso o local é apelidado de Universidade Maria Zélia.
Em 1939, o então presídio é comprado pela Goodyear, enquanto que os moradores da vila passam a pagar aluguel de suas casas para o governo federal e a partir da década de 1960 compram seus imóveis através do plano de habitação do antigo BNH. Anos depois, a vila que era uma propriedade particular, passa a ser um logradouro público.
A grande atração da vila é a sua arquitetura, com seus prédios que preservam as linhas baseada nas cidades europeias do início do século XX e isto se confirma com as inúmeras gravações de filmes e novelas, de época, ali rodados. Entre estes, "O Corintiano" ou "No País dos Tenentes".
Em 1992 a vila, suas ruas, casas e prédios foram tombados pelo município e o estado de São Paulo pelo raro traçado urbano. (pt.wikipedia.org)
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